Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2009

Mitos urbanos

Número de mortos aumentou depois da instalação dos radares dizia ontem Licínio Lima no DN. Um subtítulo insistia Sistema foi instalado em 2007 e registou mais dois mortos do que em 2006.

Eu estranhei os dados, porque tinha lido o contrário recentemente. Rapidamente descobri outras notícias e até um documento da Câmara que diz exactamente o oposto, menos dois mortos em 2007.

E assim se cria um mito "urbano".

 

Licínio, verifique os factos antes de escrever, ok?

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publicado por Miguel Carvalho às 11:00
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10 comentários:
De Fernando Penim Redondo a 14 de Janeiro de 2009 às 13:44
Os números do Licínio Lima é que estão certos.
Pode ver aqui:

http://radares50-80.blogspot.com/2008/12/os-radares-e-os-acidentes.html
De Miguel Carvalho a 14 de Janeiro de 2009 às 15:54
Caro Fernando,
eu passei pelo seu post quando fiz o meu. Estive até para citar o seu texto para provar o meu ponto. Fica aqui então a citação:

>Esclarecimento: os dados e o quadro apresentado no artigo não são da "Comissão de Avaliação dos Radares" mas sim resultado de um apuramento feito por mim

Ou seja o DN atribui aqueles dados à Comissão, quando na realidade eles são seus. O documento da CML dá os dados como sendo da Comissão.

Não vou entrar na discussão sobre quais dados são melhores, porque é irrelevante para o meu ponto.

Cumprimentos

P.S. Independentemente dos números subirem ou descerem, concordo consigo: não faz sentido - do ponto de vista estatístico - tirar conclusões de mais ou menos dois mortos.
De Miguel Carvalho a 14 de Janeiro de 2009 às 16:33
(O meu P.S. não foi claro. Não se pode tirar conclusões SOBRE A EFICÁCIA DOS RADARES a partir desses números)
De Fernando Penim Redondo a 14 de Janeiro de 2009 às 17:37
Só mais um esclarecimento:

Não há "dados da Comissão" pois a comossão, a que pertenço, não "aprovou" quaisquer dados.
Foram sim apresentados pelo Arq. Pedro Moutinho na reunião da Comissão de 28 de Novembro.
A diferença entre os números dele e os meus é a seguinte:
- ele compara os anos civis de 2006 e 2007 o que é incorrecto pois no ano de 2007 os radares só estiveram activos a partir de Julho
- Eu comparo três períodos consecutivos de 12 meses de Julho 2005 a Junho de 2008. Dois sem radares e um com radares.
De Miguel Carvalho a 14 de Janeiro de 2009 às 17:51
Pelo que percebi do que me diz, o jornalista não só atribui os dados à fonte errada, como refere números errados.
Isto porque quando ele diz que compara 2006 com 2007, está na realidade a comparar 2006/2007 com 2007/2008.

De Fernando Penim Redondo a 14 de Janeiro de 2009 às 18:09
Caro Miguel,

Na versão impressa do jornal essa "simplificação" não é grave pois no quadro, que também foi publicado, figura 2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008.

Claro que teria sido preferível respeitar o que figura no meu quadro:
- Julho 2005 a Junho 2006
- Julho 2006 a Junho 2007
- Julho 2007 a Junho 2008

Qualquer pessoa pode confirmar os números que eu publico pois a informação de base está disponível no site da ANSR. Basta dar-se ao trabalho de contar o número de mortos e feridos para cada local/período.
De Miguel Carvalho a 14 de Janeiro de 2009 às 23:42
Caro Fernando,

já entendi que o erro não é tão grave como me pareceu (e pareceria a qualquer pessoa que confrontasse o texto com os documentos) quando escrevi o post.
Não deixa contudo de ser criticável o facto de o texto não corresponder com os factos.

Quanto ao "Qualquer pessoa pode confirmar os números que eu publico", parece-me que está a levar a coisa demasiado a peito, quando eu não o pus em causa.
Mas entende também que a cada notícia que haja no jornal se pode esperar que os leitores vão verificar as fontes cautelosamente.

De Fernando Penim Redondo a 14 de Janeiro de 2009 às 23:58
Caro Miguel,

penso que está tudo esclarecido finalmente.

A propósito: acabo de verificar, e corrigir no meu blog, que a LUSA emitiu um texto que, por omissão de esclarecimento, apresenta como decisões da reunião do dia 13 da "Comissão dos Radares" tudo aquilo que já está decidido desde 27 de Março de 2008.
Ou seja, a Comissão reafirmou as decisões de 27 de Março e recusou as alterações que a ACAM vinha propor a destempo e a despropósito, mas no texto da LUSA isto não aparece.

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