A sede da desgraça corre nas veias de muita gente, e a Catarina Almeida Pereira do DN aí está para a alimentar. Assina hoje um artigo com o título Salários baixos estão cada vez mais baixos. Um título, três afirmações infundadas (de acordo com o próprio texto! nem verifiquei a fonte).
1. Salários baixos?
O estudo foca-se aparentemente em metade dos trabalhadores portugueses. Possivelmente os salários mais baixos nem foram incluídos no estudo.
O grupo ao qual a Catarina chama "salários baixos" tem 940 mil trabalhadores, uma imensa multidão. Obviamente que dentro desse grupo a evolução foi diferente de escalão para escalão. Será que os realmente mais baixos subiram ou desceram? Não se sabe.
Mas mesmo esse grupo é curioso. Será que o que define o grupo é o nível dos salários? Não! É o tipo de emprego.
2. Cada vez?
A Catarina compara dois anos. Talvez seja só eu, mas para mim em português "cada vez mais" significa que há uma repetição, um acumular. Comparando dois anos, apenas podemos saber se subiu ou desceu, não se continuou a subir a descer.
3. Mais baixos?
A Catarina apenas refere o salário em relação à média naquele ano, mas a média não é fixa. Entre 50% do salário médio norueguês ou 100% do salário médio etíope, eu diria que o primeiro é mais alto. Mas talvez seja só eu.
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