O sensacionalismo jonalistico assenta muitas vezes na utilização de desavergonhadas "sinédoques". (Recordo que uma Sinédoque é uma figura de estilo que consiste em tomar a parte pelo todo). Podia chamar generalizações abusivas, mas sejamos simpáticos...
É que, se há casos, em que é perfeitamente justificado chamar a atenção para questões pontuais negativas, mesmo que isoladas, há outros casos, em que a descontextualização visa apenas o sensacionalismo, ou mesmo a manipulação.
Exemplo daquilo que é aceitável: se há 99,9% de professores cuja baixa médica foi justamente concedida, a notícia refere sempre os 0,1% que foram injustamente tratados. Sempre defendi que "zero erros" é uma meta sempre desejável, e que não nos devemos conformar com algo diferente.
Exemplo daquilo que não é aceitável, a “sinedoque utilizada pelo “Correio da Manhã” de hoje. Enquanto que na última página do Publico, na rubrica “Sobe e Desce” se faz um elogio a Jaime Gama: “Em tempos de austeridade é bom saber que há orgãos de soberania preocupados em dar o exemplo: Foi o que fez a Assembleia da República que elaborou um orçamento para o próximo ano que prevê um corte de 17 milhões de euros em relação aos gastos de 2007” o título da primeira página do “Correio da Manhã” é:
“3,4 milhões em viagens: deputados gastam mais 15,4%.
Claro que a notícia é verdadeira - os valores coincidem com os do Público - mas o foco não é posto na redução da verba global, mas no aumento de uma das parcelas.
Pensando melhor, isto não é uma sinedoque, é mas é falta de estilo.
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