A imprensa tem noticiado nos últimos dias, no seu tom sensacionalista de sempre, que o Euro nunca esteve tão caro (em dólares), que o petróleo nunca esteve tão caro (em dólares), que o ouro nunca esteve tão caro (em dólares), que as matérias primas nunca estiveram tão caras (em dólares). Há depois análises e discussões sobre as consequências destas incríveis subidas, fala-se de pressões inflacionistas, intervenções dos bancos centrais, etc...
Descontando algumas boas excepções, como é possível que ninguém repare que estas subidas não são uma coincidência, são pura e simplesmente uma descida do dólar? O facto de o dólar ser (ter sido) um valor de referência não implica que o seu valor (real) não possa variar.
Estas subidas acabam assim por ter impacto directo muito reduzido na economia portuguesa, porque os preços destes produtos estão relativamente constantes em euros.