Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007
Nestas coisas das previsões económicas, muitas semelhanças existem com as previsões metereológicas (sem perda de generalidade, uma vez que o essencial é ter em conta as exigências estatísticas que assistem a qualquer ‘boa’ previsão). Assim, e na sequência do tema de uma notícia económica no DN de hoje e no que nela se pode ler (“tudo indica que o euro pode chegar, até ao final do ano, aos 1,50 dólares”), aplica-se novamente, com os devidos ajustes, este post.
Nota (pedido a quem me possa elucidar): já alguém estudou a origem das barreiras psicológicas na economia, do género 2% do PIB, taxa de câmbio Euro-USD de 1,50, etc, e o seu impacto efectivo na condução de política monetária, pública, etc? Correspondem efectivamente estes números a limites acima (ou abaixo) dos quais os efeitos se tornam particularmente dramáticos?
De
Pedro Bom a 21 de Novembro de 2007 às 11:40
Opinião pessoalíssima: essas barreiras ditas "psicológicas" deveriam ser antes chamadas "jornalísticas". Na maior parte dos casos, têm origem na comunicação social e devem-se à incapacidade de julgar o que é grande e o que é pequeno. Vai daí, toca a tornar discreto o que é por natureza contínuo. Claro que, aceitando a generalidade da opinião pública estas barreiras como verdadeiras, elas tornam-se obrigatoriamente psicológicas.
Ou têm origem em decisões políticas que tomam como fundamentadas. A este respeito, alguém sabe donde vem o limite de 3% imposto pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento para o défice público? Porque não 4? Porque não 2? Tinha de haver um, olha, lá vai o 3. Não são os primeiros, já o Auguste Comte tinha uma obsessão estúpida por este número.
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