A Associação de Comércio e da Indústria de Panificação todos os anos nos tenta enfiar o barrete do aumento do preço do pão. Este ano foram menos radicais, sugeriram aumentos entre os 10% e os 30%, mas nos anos anteriores lembro-me de ver os 40% serem repetidos. A culpa é alegadamente do preço da farinha.
Sejamos claros, a farinha apesar de ser a matéria prima mais simbólica (daí talvez julgarem haver espaço para este comportamento de cartel) é apenas uma pequena parte do custo do pão. Além de outras matérias primas, como água, fermento, leite, sal, etc... as panificadoras também têm custos de mão-de-obra (este sim bem maior), energia, transporte, aluguer de espaços, maquinaria, impostos, rendas, etc... etc... Para que se justificassem aumentos desta grandeza do pão, os preços da farinha teriam que estar a quadruplicar ou quintuplicar todos os anos, o que obviamente não aconteceu.
(Onde pára a Autoridade da Concorrência, que em tempos já se declarou "atenta" a esta questão?).
De lopes a 2 de Janeiro de 2008 às 12:21
Pelos argumentos que tu próprio apresentaste, o preço do pão tem necessariamente de subir. Tudo aquilo que é utilizado no fabrico/logística do pão também aumentou e, portanto, o pão aumenta. É simples.
Eu não disse que o pão não deveria subir!!!
Só disse que os 30% são um absurdo! Ainda maior absurdo é a sua repetição todos os anos.
Os outros "argumentos" são aplicáveis a todas as indústrias e serviços (ou será que o resto da economia não paga energia, mão-de-obra, impostos, rendas, transportes) e não vemos associações de outros sectores a anunciar aumentos estapafúrdios como estes.
É simples.
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