Há uns anos ouvi numa conferência um orador (Hervée Sérieyx) dizer que a inteligência de uma pessoa podia ser avaliada pela capacidade de ter em mente, simultaneamente duas ideias contraditórias.
A que propósito vem isto? É que no Diário Digital de hoje, pode ler-se dois artigos diferentes sobre a mesma matéria. Num dos títulos vem escrito: “Portugal é o 7º país da UE com maior progresso na inovação” mas o outro afirma: “Portugal no grupo dos mais atrasados em matéria de inovação”
Lendo os dois artigos, vê-se que ambos estão correctos. Reportam-se a um estudo efectuado pela Comissão Europeia sobre um painel de 37 países.
Mas porque razão num título se salienta um aspecto positivo enquanto no outro se realça o negativo? É verdade que a realidade nunca é “só preta” ou “só branca”, existem todas as gradações intermédias. Mas isto é demasiada complexidade para um título, de maneira que há que dizer qualquer coisa simples, de preferência que impressione! Trabalho feito à pressa ou descoordenado, põe a nu esta fragilidade e os senhores jornalistas caíram na sua própria armadilha de querer reduzir a realidade a um título.
Foram dois jornalistas diferentes ou teria sido um ser excepcionalmente inteligente na óptica do Hervé?
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