Quinta-feira, 26 de Junho de 2008

Venham daí todos que eu pago uma jantarada ao pessoal

Governo paga novos empregos antes das eleições, diz hoje em grande a capa do Jornal de Negócios. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. Lá dentro, o texto  explica afinal que...

As empresas que, nos primeiros meses de 2009, contratarem desempregados há mais de seis meses ou que coloquem no quadro trabalhadores até aos 30 anos que estão com contrato a prazo ou a recibos verdes ficarão isentas de contribuições para a Segurança Social durante três anos.

Algo como eu dizer à malta do Jornal de Negócios "eu pago uma jantarada ao pessoal todo", quando na realidade apenas os quero fazer ver que tenho um vale promocional que oferece dois ou três cafés no fim do jantar.

 

publicado por Miguel Carvalho às 13:29
link | comentar | favorito
2 comentários:
De Helena Garrido a 27 de Junho de 2008 às 01:25
Caro Miguel Carvalho,
Não concordo com a avaliação que faz da manchete do Jornal de Negócios. Poderá dizer que avalio em causa própria o que, sendo um facto, espero não limitar a minha avaliação. Mais tarde farei umas contas... Para já defendo que o Governo, ou seja, nós contribuintes, está a pagar pela criação de empregos. O que diz no seu post é que não paga tudo, paga uma parte.
De Miguel Carvalho a 27 de Junho de 2008 às 15:35
Cara Helena Garrido,
obrigado pela visita.

Mas a minha crítica é exactamente essa. O que está em causa é um desconto de uma pequena fração dos custos laborais para uma pequena fracção dos empregados. Mas o título dá a entender algo muito maior, daí a minha brincadeira com a jantarada.

Dito de outro modo, será que faria sentido dizer "Estado paga a empresários estrangeiros para abrir fábricas", quando os isenta de IRC durante um certo período (aqui sim, os valores em causa são bem maiores em quantidade e em percentagem)?

A própria palavra "pagar" parece-me desajustada. Sabemos que do ponto de vista económico "pagar" ou "isentar alguém de pagamento" é a mesma coisa, mas tem noção de que com a palavra "pagar" passa uma ideia bem diferente da que passaria com "isentar"... que é o que está em causa. O jornal poderia ter usado a palavra "isentar", e não o fez.

O tom do título (que apresenta esta medida como algo fora do vulgar) parece-me desproporcionado, porque (saberá melhor do que eu) este tipo de isenções estão presentes em todos os sectores da sociedade. Mesmo na criação de emprego tem sido usual o Estado contribuir em valores bem maiores.

Cumprimentos

Comentar post

Autores

Pesquisa no blog

 

Janeiro 2017

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Posts Recentes

O DN a começar o ano em p...

Os conhecimentos mais bás...

Que nome bué da louco, "h...

Para bom observador, meia...

O Luís Reis Ribeiro preju...

Um título, dois erros

Bomba Atómica: o Dinheiro...

O Público anda com a cabe...

Uma pequena história

Verificar fontes é para i...

Arquivo

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Março 2015

Fevereiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Principais Tags

correio da manhã(13)

desemprego(15)

diário digital(24)

diário económico(9)

dn(82)

economia(65)

estatísticas(22)

expresso(26)

inflação(13)

lusa(15)

matemática(12)

percentagens(26)

público(102)

publico(9)

rigor(9)

rtp(20)

rudolfo(16)

salários(10)

sensacionalismo(135)

sic(11)

todas as tags

Contacto do Blogue

apentefino@sapo.pt

Outros Blogs

subscrever feeds