Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008
No dia imediatamente a seguir à publicação de um documento oficial, onde o FMI indica 0,6% como a sua previsão de crescimento para a economia portuguesa em 2009, e a uma declaração ao Público de um responsável do FMI, que diz que a coisa ainda pode ser pior devido às últimas notícias e que "Portugal, em 2009, tem de lutar para ficar em terreno positivo" (repare-se que não chega a haver um número na declaração), o que é que o Público decide escrever na capa?
2009 crescimento zero
De Anónimo a 8 de Outubro de 2008 às 17:53
Bom, e agora que há um documento oficial que aponta para um crescimento de 0,1 por cento (podemos arredondar para zero, não podemos?), fica claro que a "difícil escolha" terá sido, afinal, bem fácil, não?
Não era isso que estava em causa. Obviamente que se sabia que os 0,6% iam baixar. O que está em causa é o Público inventar um número para pôr na capa, optando por deixar de lado um número oficial acabado de sair.
Além de que a posteriori, é sempre fácil apontar o dedo, não é?
De Anónimo a 8 de Outubro de 2008 às 19:00
E não lhe passa pela cabeça que os jornalistas podem ter informação suficientemente segura para anteciparem o documento que vai ser divulgado na próxima semana? E que, entre o documento do dia, já tornado público, e o da semana seguinte, este último é naturalmente mais importante, porque mais actual e mais "classificado"?
Não se trata de acertar no Totobola à segunda-feira... A sua crítica é que pareceu um pouco prematura e exagerada, como o anúncio da morte do outro...
Ah, claro que sim! E eu vi outros media a dizer isso mesmo, que havia informações informais. E obviamente que o documento mais recente seria mais importante.
Agora quem lê o Público, apenas encontra aquela frase misteriosa, que pouco diz! A capa do Público não estava portanto minimamente fundamentada no texto. Este é que é o meu ponto.
E não a minha crítica não é prematura. Primeiro apontar o dedo depois, é muito fácil. Segundo, no dia 4 se eu tivesse que apostar entre 0,6% e 0% teria apostado no 0%. Repito, o que está em causa é falta de fundamentação da capa do Público.
De Carlos Martins a 8 de Outubro de 2008 às 22:51
E que tal a noticia do Jornal de Negócios (online):
Jean-Claude Trichet afirma
Não há "sinais particulares" de que sejam precisos mais cortes dos juros
E a versão Bloomberg (online):
ECB's Trichet Can't Rule Out Further Interest Rate Cuts
(Jean-Claude Tricjet não exclui a hipotese de mais cortes nos juros)
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