É hoje noticiado no Público que participaram numa consulta pública da Câmara de Lisboa cinco centenas de pessoas (lisboetas e não só, e 290 das quais homens), e que, com base nessa consulta e nas preocupações expressas, serão gastos 5 milhões de euros.
Ora, desta vez a representatividade da "amostra" pode ser posta em causa não tanto pela sua dimensão e estrutura face à heterogeneidade e dimensão da população "lisboeta", mas porque, parece-me a mim, existem motivos para suspeitar que esta sofre de um problema de auto-selecção.
Por outras palavras, a amostra não é aleatória se diferentes lisboetas tiverem incentivos diferentes para participar na consulta (e à partida, têm), podendo, portanto, reflectir unicamente as suas opiniões e não as da população em geral.
E se todos os lisboetas que participaram na consulta são residentes na Lapa? Ou no Bairro Alto?
Ou seja, é de duvidar -- com a informação que nos é dada -- que se possa dizer que aquelas são as preocupações dos "lisboetas". Sejam os jornalistas ou o presidente da Câmara a dizê-lo.
Nota: clicar aqui ou aqui para saber mais sobre problemas de auto-selecção na participação e deliberação públicas em sociedades democráticas.
correio da manhã(13)
desemprego(15)
diário digital(24)
dn(82)
economia(65)
estatísticas(22)
expresso(26)
inflação(13)
lusa(15)
matemática(12)
percentagens(26)
público(102)
publico(9)
rigor(9)
rtp(20)
rudolfo(16)
salários(10)
sensacionalismo(135)
sic(11)
Blogs catadores
Médico explica medicina a intelectuais
Blogs sobre Jornalismo
Blogs sobre Economia
Blogs sobre Sondagens
Fontes Fidedignas