Na primeira página do “Expresso” de 1 de Novembro a notícia do dia: o ex-presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, critica Durão Barroso de falta de iniciativa no tratamento da crise financeira.
Prodi pelos vistos lê o Expresso e escreveu uma carta a desmentir a notícia - carta essa que é publicada no Expresso de 8 de Novembro juntamente com um pedido de desculpa.
Mas, o correspondente do Expresso em Bruxelas, Daniel de Rosário, que colaborou na elaboração do artigo, pelos vistos, não foi o responsável pela bombástica notícia. A versão final não é da responsabilidade dele pelo que o "Expresso também lhe pede desculpa pela deturpação do texto que enviou.
Legitimamente podemos deduzir que alguém da Redacção decidiu apimentar a notícia pondo na boca de Prodi frases que ele nunca disse e que invertem completamente o seu pensamento.
Este rigor deixa-me comovido!
O que me deixa estupefacto é a ligeireza com que alguém "fabricou" o principal título de um jornal (que só sai uma vez por semana1), ainda mais tratando-se de personalidades de elevada importância no mundo e de fortes críticas que teriam feito.
(em jeito de corolário, como poderemos alguma vez acreditar nos títulos de pequenas notícias locais perdidas no jornal?)
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