Quarta-feira, 7 de Janeiro de 2009
Na capa de hoje do DN, em grande destaque: "Banco de Portugal [BP] prevê 90 mil novos desempregados". No título da notícia: "Constâncio admite 90 mil novos desempregados em 2009". Embora o Rudolfo Rebêlo atribua este número ao BP, parece ter sido ele mesmo a calculá-lo. E fez o seguinte:
1. O BP aponta para um decréscimo no emprego de 1% em 2009. Como a população activa portuguesa é composta por cerca de 5 milhões de pessoas, isto dá um total de 50 mil novos desempregados.
2. O Rudolfo acrescenta que "a este número haverá que juntar mais 40 mil pessoas (jovens) que todos os anos - em média - terminam a escolaridade e tentam encontrar trabalho".
3. Ora, 50 mil mais 40 mil dá 90 mil. Aí está: 90 mil novos desempregados.
E eis que perguntamos todos: então e as pessoas que saem todos os anos do mercado de trabalho, não contam? É que o próprio BP fala em "estabilização da taxa de participação", pelo que se entram muitos, muitos (mas não necessariamente no mesmo número) têm de sair.
E não há ninguém que o responsabilize e ao DN?
De Rudolfo Rebêlo a 9 de Janeiro de 2009 às 13:54
Pedro Bom,
Não sei se é para rir...
Você não sabe o que é a "taxa de participação" (também conhecida como taxa de actividade, veja lá se assim chega lá...). Se soubesse, não escreveria esse parágrafo...enfim!
E também não sabe o conceito do "aumento da população activa"... Porque se soubesse, veria que se trata de um "saldo" (de quê? pergunto eu...) e que os 40 mil até estão por defeito (e muito)...
PS. Já agora, PB, diga se entendeu a questão das Contas Nacionais, ao qual tive de me dar ao trabalho de fazer as continhas (veja post), porque ficou provado, ao longo de 13 comentários, que nem o conceito o senhor conhece! Foi uma vergonha para sí... e lamentával para quem se diz docente de economia.
RR no DN:
"a este número haverá que juntar mais 40 mil pessoas (jovens) que todos os anos - em média - terminam a escolaridade e tentam encontrar trabalho"
RR no A Pente-Fino:
"se trata de um "saldo" (...) os 40 mil"
Em que RR deveremos confiar?
De Rudolfo Rebêlo a 14 de Janeiro de 2009 às 16:34
Caro Miguel,
Deverá confiar no RR que teve a pachorra de o esclarecer sobre cálculos de Contas Nacionais, relativas ao 4º trimestre do ano, que nem o seu amigo PB (docente de macroeconomia, diz ele) sabia...
Como, nesta questão, ficou clarissimo que PB não sabe o que é "taxa de participação", nem tão pouco o conceito "aumento da população activa". Porque se fizer uns meros cálculos, por alto, verificará que os que ficam à porta do trabalho, até são muito, mas muito, mais... (e, já agora, quem?). É verificar os pressupostos do Banco de Portugal e verá que fui "pelos mínimos".
Uma ajudinha: Taxa de participação: é a taxa que define o peso da população activa sobre o total da população... (e o que entra na defição de população activa? Pois é...!) Vejam agora a enormidade contida naquele parágrafo, do supostamente "esclarecido" PB! E não dá para fugir - PB acha que a taxa de participação é algo que está dentro do mercado de trabalho!!! O quê?
Miguel, não me leve a mal: você faz o papel do "tapa-buracos" ou tem procuração para tentar emendar os crassos erros (inacreditáveis) de PB? Percebo que tente ajudar o amigo a "safar-se", mas não se enterre também...
Já que está de recado, dê-lhe a seguinte mensagem: PB que se dedique a procurar %, pp e pouco mais. Porque de Economia, estamos conversados...
Caro Rudolfo,
não divague. Não vê ali uma contradição entre as suas duas frases? O post era exclusivamente sobre isso.
Se o Constâncio os admite deixam de estar desempregados, pois vão trabalhar para o BdP , não é assim ó RR ...
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