Número de mortos aumentou depois da instalação dos radares dizia ontem Licínio Lima no DN. Um subtítulo insistia Sistema foi instalado em 2007 e registou mais dois mortos do que em 2006.
Eu estranhei os dados, porque tinha lido o contrário recentemente. Rapidamente descobri outras notícias e até um documento da Câmara que diz exactamente o oposto, menos dois mortos em 2007.
E assim se cria um mito "urbano".
Licínio, verifique os factos antes de escrever, ok?
Pelo que percebi do que me diz, o jornalista não só atribui os dados à fonte errada, como refere números errados.
Isto porque quando ele diz que compara 2006 com 2007, está na realidade a comparar 2006/2007 com 2007/2008.
Caro Miguel,
Na versão impressa do jornal essa "simplificação" não é grave pois no quadro, que também foi publicado, figura 2005/2006, 2006/2007 e 2007/2008.
Claro que teria sido preferível respeitar o que figura no meu quadro:
- Julho 2005 a Junho 2006
- Julho 2006 a Junho 2007
- Julho 2007 a Junho 2008
Qualquer pessoa pode confirmar os números que eu publico pois a informação de base está disponível no site da ANSR. Basta dar-se ao trabalho de contar o número de mortos e feridos para cada local/período.
Caro Fernando,
já entendi que o erro não é tão grave como me pareceu (e pareceria a qualquer pessoa que confrontasse o texto com os documentos) quando escrevi o post.
Não deixa contudo de ser criticável o facto de o texto não corresponder com os factos.
Quanto ao "Qualquer pessoa pode confirmar os números que eu publico", parece-me que está a levar a coisa demasiado a peito, quando eu não o pus em causa.
Mas entende também que a cada notícia que haja no jornal se pode esperar que os leitores vão verificar as fontes cautelosamente.
Caro Miguel,
penso que está tudo esclarecido finalmente.
A propósito: acabo de verificar, e corrigir no meu blog, que a LUSA emitiu um texto que, por omissão de esclarecimento, apresenta como decisões da reunião do dia 13 da "Comissão dos Radares" tudo aquilo que já está decidido desde 27 de Março de 2008.
Ou seja, a Comissão reafirmou as decisões de 27 de Março e recusou as alterações que a ACAM vinha propor a destempo e a despropósito, mas no texto da LUSA isto não aparece.
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