Ontem em conversa com o Pedro Bom comentava que era complicado ser totalmente objectivo (como tentamos sempre ser) na análise dos critérios editoriais. Tenho alguma pena, porque a leve preferenciazinha pela desgraça dos media é uma óbvia causa de deturpação da informação passada. Não nos cabe de modo algum julgar as escolhas editoriais (entre focar um roubo na Ponte da Três Entradas ou uma cimeira internacional), mas cabe-nos avaliar objectivamente se a informação é distorcida.
Hoje caiu-me uma prenda no colo. O Eurostat disse que Portugal teve a segunda maior quebras das vendas a retalho na UE27 em termos de variação mensal, e se descontarmos 11* dos 27 focando-nos na Zona Euro, Portugal tem a pior quebra. O Púbico diz (e bem) em título
Vendas a retalho de Dezembro recuam em Portugal mas estabilizam na Zona Euro.
Há 5 meses saiu um relatório igualzinho do Eurostat, dizendo que Portugal tinha tido a maior subida das vendas a retalho (também em termos mensais), não só na Zona Euro como na UE27. O Público escolhia então para título online
Consumo, investimento e exportações, todos em queda na Zona Euro
sem menção alguma a Portugal no texto, e para título no jornal
Consumidores pessimistas travaram a economia europeia
Consumo privado na zona euro registou no segundo trimestre a taxa de crescimento mais baixa dos últimos doze anos
mais uma vez sem qualquer menção a Portugal.
* Na realide deve descontar-se 12, porque em Dezembro a Zona Euro consistia apenas de 15 países.
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