Um hino aos argumentos económicos idiotas, estas
declarações de José Manuel Esteves, da Associação da Restauração e Similares de Portugal.
O preço duma bica vai custar um euro, segundo José Manuel Esteves, da Associação da Restauração e Similares de Portugal (ARESP). Segundo o secretário-geral da Associação, a subida em 30% do preço dos grãos de café
1. Tal como o trigo no pão, o preço do grão de café é uma pequeníssima parte do preço final do café servido. Rendas, impostos, mão-de-obra, electricidade, água, transportes, os custos da própria indústria do café que não vende os grãos em contentores à restauração, etc... etc... etc...
2. Mesmo que fosse 100% do preço, um aumento de 30% em 55 cêntimos, não chegaria aos 75 quanto mais a um euro.
Apesar de os preços serem liberalizados, o custo médio ronda os 55 cêntimos, o que significa que os aumentos vão duplicar a factura para o consumidor.
3. Aqui a idiotice é do jornalista Pedro H. Gonçalves... o que é que a liberalização do preço tem a ver com a "factura para o consumidor"? Que aliás nem nota que dos 30% passou para a duplicação... ou seja mais 100%.
(...) acrescentando que o aumento previsto não se deve à escassez da matéria-prima a nível mundial. "Há excedentes de café no mercado. O nosso problema são as bolhas de especulação que nem produtores nem consumidores controlam. Essas inflacionam os preços", salientou.
José Manuel Esteves referiu que a entrada de fundos de investimento anónimos "estão a comprar empresas de torrefacção em Portugal porque descobriram que é um grande negócio". Manuel Esteves deixa o aviso: "Os consumidores que se preparem"
4. Não sei se o raciocínio original era mesmo este que o jornalista apresenta... mas qual é o processo paranormal que leva dos investimentos em torrefacção aos aumentos dos preços?
5. Depois destas citações bem fundamentadas, qual é o título que o Pedro decide dar à notícia? Bica vai custar 1 euro. Mai nada!