Escrevem Nicolau Santos e João Silvestre no Expresso deste Sábado, em jeito de "apreciação global", segundo os próprios, que "(...) este orçamento fica claramente nas mãos da conjuntura externa e das empresas" (o itálico é meu). Ou seja, o que tem de novo este orçamento? Então, como está bom de ver, ao contrário dos orçamentos que já lá vão e dos que estão ainda para vir, este está nas mãos de todos menos do governo. Isto dizem eles.
Não pretendo contrariar afirmações de gente tão entendida em orçamentos e défices, mas pergunto eu: então e os outros, dependeram de quê? Bem, que eu saiba as receitas fiscais sempre dependeram do nível de actividade económica e, logo, das empresas. E há várias décadas que Portugal é uma pequena economia aberta, sujeita a choques externos, sejam eles bons ou maus. O que há de novo nisto? É isto o que têm para nos dizer os jornalistas do Expresso sobre o orçamento do próximo ano? Enfim, pobre "apreciação global".
Mais à frente: "Se a situação internacional piorar e houver uma quebra de confiança dos empresários, o resultado será certamente menos investimento e menos criação de emprego". Pois, e se melhorar o resultado será certamente mais investimento e mais criação de emprego. E se for assim-assim, o resultado será certamente investimento assim-assim e criação de emprego assim-assim. Chama-se a isto "incerteza". Para quem não saiba, é uma característica das economias globalizadas de hoje.
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