Diário de Notícias de hoje, habitual secção de economia:
1. Título: "Crise económica já arrasa as exportações". O tempo verbal e, sobretudo, o "já" induzem no leitor a ideia de que o impacto causado pela crise nas exportações acabou de suceder. Ora, os dados utilizados vão, no máximo, até Julho de 2008. O que passa neste momento só se saberá, obviamente, daqui a uns meses.
2. Sobre o verbo "arrasar", não sei o que dizer. Em Julho, as exportações não só tinham aumentado como tinham aumentado mais do que em Junho, tanto em termos homólogos (9.6% contra -2.1%) como em termos mensais (14.4% contra -0.7%).
3. "As exportações de bens aumentaram 2,7% entre Maio e Julho". O leitor concluirá que em Julho as exportações aumentaram 2.7% em relação a Maio, certo? Errado. O que Rudolfo Rebêlo e Rui Coutinho queriam dizer era que "As exportações de bens ocorridas entre Maio e Julho aumentaram 2.7% em termos homólogos". Um bocadinho diferente...
4. "(...) as exportações portuguesas [para Espanha] aumentaram apenas 4,5% nos primeiros sete meses do ano, quando registavam uma expansão de 7,3% nos últimos 12 meses terminados em Julho". O leitor ficará a pensar porque raio estão a comparar um período de de 7 meses com outro de 12. Nada disso, o que os jornalistas queriam dizer era que: "as exportações portuguesas aumentaram apenas 4.5% nos primeiros sete meses do ano, em comparação com o período homólogo, quando registavam uma expansão de 7.3% nos últimos 12 meses terminados em Julho, também quando comparados com o período homólogo".
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