Quem abre a página do Jornal de Negócios lê isto:
Poder de compra subiu pela primeira vez em três anos
O título da notícia de Eva Gaspar diz um pouco mais, mas é igualmente mau:
Poder de compra dos portugueses subiu pela primeira vez em três anos para 79% da média europeia
Primeiro temos a habitual confusão entre "poder de compra" (seja lá o que isso for), e o PIB per capita em PPP. Não seria tão grave se este não fosse o único documento do Eurostat onde consta uma medida que realmente se aproxima do que as pessoas entendem por "poder de compra", o Actual Individual Consumption. Ou seja, tendo à frente dos olhos a melhor definição de compra que existe, o JNegócios olha para a coluna do lado.
Segundo, quando o meu vizinho perde o emprego e o meu salário é reduzido 20%, não é por a minha desgraça ser menor que o meu rendimento sobe. O JNegócio discorda. Acha que o meu rendimento está melhor. A palavra "subir" dá a entender que se está perante uma subida real, quando os dados são apenas sobre uma subida relativa.
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